sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Oficina: Processos Dramáticos e Criativos Aplicados ao Ensino

OFICINA DE CRIAÇÃO ARTÍSTICA/TEATRO
Processos Dramáticos e Criativos Aplicados ao Ensino

DESTINATÁRIOS: Professores, Educadores, Animadores, que já tenham tido algum contacto com a Expressão Dramática e ou Teatro
DURAÇÃO - Fevereiro a Julho - INÍCIO 1 / 2 FEV

opções:
CASA DO ARTISTA - PONTINHA - Quarta-feira das 19h30 às 22h30
ou
CASA DOS ARCOS - MASSAMÁ - Terça-feira das 19h30 às 22h30

CUSTO - 35 Euros por mês

INSCRIÇÃO
binologos@gmail.com
mais inf. 96 653 08 83 (Catarina Ascensão)

Processos Dramáticos e Criativos aplicados ao ensino
ESTE CURSO COMPREENDERÁ DUAS PARTES, UMA RELACIONADA COM O PROCESSO DO TRABALHO ARTÍSTICO E PEDAGÓGICO E OUTRA COM O PRODUTO FINAL DE UM PROJECTO

I PARTE
Pretende-se trabalhar e desenvolver a técnica e a criatividade no corpo e na voz, como fonte de bem-estar pessoal e de prazer comunicativo, como instrumentos de auto-conhecimento, como uma troca de experiências literárias ou, pura e simplesmente, como um divertimento entre amigos, que parece algo obsoleto!
Ser convincente e ter uma verdadeira presença em palco, e na sala de aula, até mesmo em reuniões é deveras preocupante para quem tem de fazer intervenções em público.
Assim, é necessário incentivar, "desafiar" formadores, professores educadores e toda a comunidade ESCOLAR a entrar em jogos que visem estimular a criatividade, o humor, brincar com a exposição de si próprio, redescobrir outros caminhos para percorrer alguns percursos já demasiado gastos. Tal como o actor, é fundamental descobrirmos a nossa energia positiva, criar a harmonia entre as palavras e gestos, entre a forma e conteúdo.
Contudo, num tempo onde o ritmo é alucinante, os bloqueios constantes, as inibições despertas, as acomodações sedentas ou mesmo por um simples desconhecimento, para a maior parte de nós, efectivamente, descuramos todo o nosso potencial criativo e apenas aproveitamos uma reduzida parcela das nossas reais potencialidades!!!
Não precisamos de um cenário melhor que este para mudarmos a nossa postura e a nossa mentalidade, não é?

II PARTE
Tal como as outras disciplinas escolares, o drama deve também ser considerado uma verdadeira "linguagem de expressão”, parte integrante da formação global da criança. Ambas as áreas deverão colaborar no desenvolvimento dos processos de aquisição do conhecimento, sensibilidade, criatividade, sociabilidade e gosto artístico. Caso contrário, perder-se-á na forma de simples actividade mecânica, com a mera reprodução de textos, de discursos, sem a interacção do aluno com o verdadeiro momento de criação e expressão. O benefício desse momento criativo deve prevalecer sobre os conteúdos. O descobrir processos; pesquisar sons vocais ou instrumentais, combinações de corpo, voz, na expressão de histórias, quer provenientes de textos já previamente escritos ou apenas orais, constituem para o aluno um grande prazer e aprendizagem. Mas como estimular os seus professores a abrirem novos e criativos processos de ensino, utilizando as expressões?
Nesta segunda parte do curso, será trabalhada a aplicação dos conceitos desenvolvidos na primeira parte do curso. Na leitura interpretativa e interpretação prática de textos a serem escolhidos no decorrer das sessões.

Dramaturgia a ser trabalhada – excertos de textos sobretudo de autores Portugueses

É com intuito de incentivar, "desafiar" os educadores a entrar em jogos que visem estimular a desinibição, explorando a capacidade de contar uma história, de construir e interpretar personagens utilizando a expressão corporal e vocal, músicas escolhidas pelos formandos, numa articulação divertida e pedagógica. Brincar com a gestualidade simbólica e real e a sonorização de palavras e sentidos, redescobrindo outros caminhos para percorrer alguns percursos já demasiado gastos.

OBJECTIVO DO CURSO
Desenvolver o ponto de concentração no actor/aluno como força grupal e aptidão individual.

Exercitar a disciplina artística, autonomia, espontaneidade, criatividade e improvisação como possíveis trampolins para a intuição do actor/aluno, por intermédio de exercícios e jogos dramáticos. Desenvolver no aluno/actor algumas técnicas teatrais para a interpretação de textos dramáticos. Criação de um produto artístico

PLANO DE ESTUDO
A - Condições necessárias à representação
1. O palco físico e o palco mental
Ø Exposição
Ø Orientação (Tempo e Espaço)
Ø Ponto de Concentração (Onde, Quem e o Quê)
Ø Improvisações individuais e em grupo; relação com o espectador
1.1 Consciência Sensorial
Ø O Eu; O Outro; O Espaço; O Tempo
Ø Teatro com e sem palavra
Ø Consciência de drama = acção
Ø A expressão dos sentimentos
Ø A contenção e a exteriorização
Ø Improvisações individuais e em grupo; relação com o espectador
1.2 A consciência do universo da representação – (Intencionalidade comunicativa)
Ø A acção física como expressão do Subtexto
Ø Recurso à memória afectiva; sua elaboração
Ø Noção de conflito interior; provocação de conflito; contracena
Ø Improvisações individuais e em grupo; relação com o espectador

FORMADORA - Célia Ramos - Biografia
Formou-se como actriz em 1995 na Academia Contemporânea do Espectáculo e desde então tem vindo a trabalhar em diversas Companhias de Teatro. Ultimo trabalho feito (2008) com Martim Pedroso na peça "Dream Play" adaptação de “O sonho” de Stringberg, produzido pela Materiais Diversos. Está neste momento com dois projectos em itinerância; “Binólogo” teatro/dança, textos de Rui Zink e “Filhas da Mãe – Fantasias Eróticas das Mulheres Portuguesas", ambos co-encenados com Catarina Ascensão (bailarina/coreógrafa e formadora). Trabalhou também com os encenadores João Ricardo, Paula Sousa; José Wallenstein; Guilhermo Heras; José Martins; Alberto Magassela; Roberto Merino; Carlos Avilez; Filipe Crawford; António Capelo; Wyllie Longmor; Silviu Purcarete; Fernanda Lapa; João Paulo Costa, entre outros.

É licenciada em Teatro na Educação pela Escola Superior de Educação do Porto, onde ficou a leccionar durante quatro anos. Completou o primeiro ano curricular do mestrado de Teatro na Comunidade na Escola Superior de Teatro e Cinema Ao longo de 10 tem vindo a desenvolver um trabalho na Educação Artística, não só como Professora de Expressão Dramática e Corporal, em escolas secundárias, mas também como formadora, realizando vários workshops relacionados com a criatividade dramática e teatral ao serviço da Educação. Frequentou cursos de teatro com Jean Paul Bouchier; Anton Skrzypiciel; Miguel Seabra; “Clown” – Pepe Nunes; Fernanda Lapa; Miguel Borges; Mónica Calle; Guillermo Heras; Patrícia Portela; Jo Sttelling; Márcia Haufrectht; Renny Crupinsky; Juan Marques; José Ramalho; o mestre Karunakaran.

Actualmente cursa o mestrado em Educação Artística na Escola Superior de Educação. É professora da Oficina de Teatro do 3º ciclo na Escola Passos Manuel em Lisboa, bem como Monitora de Teatro no projecto da Mostra de Teatro Escolar do Concelho de Sintra em parceria com a Companhia de Teatro – Chão de Oliva.