terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Laboratórios de som, cinema e arquitetura - Guimarães

para jovens entre os 14 e os 25 anos

Entre os meses de fevereiro e abril, a programação do Serviço Educativo – desenhada ainda no âmbito de Guimarães 2012 – propõe um conjunto de três laboratórios que procuram exprimir o potencial máximo de criação e experimentação, pensando nos limites que desejamos conhecer e ultrapassar. Estes laboratórios foram especialmente pensados para todos os jovens entre os 14 e os 25 anos, quer aqueles que desejam seguir um percurso artístico, quer aqueles que têm curiosidade em viver uma experiência de criação, partindo do trabalho específico de um artista ou dupla de artistas.

O primeiro laboratório está marcado para os próximos dias 23 e 24 de fevereiro, na Fábrica ASA, onde Manuela Barile irá orientar o “Human Field Recordings”, um laboratório de som, espaço e performance, em que a voz e o corpo surgem enquanto indutores de processos, seja de gravação, de escrita, de processamento ou de reprodução, de fatores de subjetividade na relação com o espaço acústico habitado e vivido. Este laboratório, para jovens entre os 14 e os 25 anos, consiste no desenvolvimento de performances coletivas no espaço urbano e/ou rural de escuta e de translação/interação vocal com os estímulos acústicos. Esta será uma oportunidade única de mergulhar na dimensão sonora da nossa existência individual e coletiva com uma das artistas residentes da Associação Binaural/ Nodar.

Nos meses de março (09 e 10, 18 a 22) e abril (06 e 07, 13 e 14), em vários locais da cidade, vamos “Filmar Hoje o Trabalho de Ontem” com Amarante Abramovici e Tiago Afonso, num laboratório de cinema para participantes dos 16 aos 25 anos que pretende ser um espaço de descoberta e discussão coletiva do documentário através da prática intensiva. Após uma breve iniciação às ferramentas de som e imagem e às técnicas do cinema direto, partiremos para a realização de projetos, num ritmo-tensão constante entre filmagens e visionamentos coletivos.

Partindo de um tema de uma atualidade gritante - o trabalho, propõe-se uma abordagem pessoal e local, onde as interrogações mais gerais em torno do lugar do trabalho na nossa sociedade se confrontem com gestos e testemunhos de pessoas próximas, onde o passado transmitido na primeira pessoa se cruze com o presente. Os participantes trabalharão em pares em projetos de caráter documental, baseando-se em experiências, conhecimentos e memórias de pessoas que lhes sejam próximas. Estes curtos documentários terão exibição pública.

Ainda no mês de março, de 25 a 28, surge “: A Pé, Ante Pé :” na Plataforma das Artes e da Criatividade, um laboratório de investigação urbana concebido por Luísa Alpalhão para público entre os 14 e os 25 anos, em que arte e arquitetura se cruzam para que se crie um registo daquilo que dá caráter a um espaço público, o que pode ser transformado e aquilo que deve permanecer na sua forma mais pura. Usando técnicas para registar a cidade influenciadas por métodos de caráter antropológico, iremos transformá-la com uma intervenção em movimento em que a cidade servirá de palco, em que os novos objetos criados serão as personagens principais que darão voz àqueles que participarão em “: A Pé, Ante Pé :”, aos transeuntes que percorrem as ruas da cidade e se sentam à sombra nos bancos dos jardins, e aos jovens criadores.

Estas atividades estão sujeitas a inscrição prévia que poderá ser efetuada no Centro Cultural Vila Flor, na Plataforma das Artes e da Criatividade, ou através da plataforma da bilheteira online no sítio www.ccvf.pt, onde se encontra disponível toda a informação acerca destes laboratórios.

www.ccvf.pt