segunda-feira, 10 de maio de 2010

Workshop Acção.Teatro - Esposende

(integrado no Fórum Educação 2010 - Município de Esposende)
31 Maio a 5 de Junho 2010 - 20H

Com
Rui Pedro Borges (Psicólogo e Professor)
e Jorge Alonso (Actor/Encenador/Formador).

"actores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade:
é aquele que a transforma!".
Augusto Boal

Mudar, mudando: um modelo e algumas técnicas na Dinâmica de Grupos.


I. Apresentação

Este Workshop não é sobre teatro e técnicas de representação

palavras - chave: mudança, perspectivas, diferenças, acção, auto conhecimento, liberdade, consciência, criatividade, criação, vida, social, comunicação, solidariedade, ...

Um Workshop prático e não teórico.

"Acção / Teatro", é um instrumento que contribui para o reconhecimento livre de alternativas nos comportamentos comunicacionais, para tomada de consciência de si e do "outro", e, para enriquecimento do leque de modos de agir, por que optar, em situações reais, desenvolvendo assim competências para a interacção social e garantindo aprendizagens partilhadas.
É uma maneira de incentivar a pensar criticamente sobre um problema social que irá ser apresentado. É também uma maneira de criar uma apresentação interactiva sobre um tema ou emitir ou aprofundar o trabalho que está a ser feito.
O grupo apresenta o tema e a acção e é interrompido num dado momento do conflito a fim de incentivar a participação das audiências. Este processo incentiva os participantes a examinar a acção de uma variedade de perspectivas.


II. Objectivos

o Contribuir para o ganho de consciência de si próprio e dos outros.
o Enriquecer competências de interacção social.
o Utilizar o processo de comunicação como factor impulsionador de mudança de comportamentos e de atitudes.
o Contribuinte importante no desenvolvimento de iniciativas comunitárias e de desenvolvimento local, com finalidades diversas, por exemplo, no domínio da prevenção, da formação, da animação, da reabilitação, da criação de redes sociais e de acções de integração social, em campos tão distintos como, a saúde, a educação, a justiça, a igualdade de oportunidades ou o próprio trabalho teatral.

III. Finalidade

Promover estratégias alternativas de comunicação e de animação, participação e motivação de grupos, estimular a imaginação enquanto instrumento ao serviço do desempenho profissional, fornecer pistas e soluções para a resolução de impasses e obstáculos, nos grupos, e melhorar a qualidade das interacções sociais entre todos os agentes envolvidos em trabalhos de grupo. No trabalho teatral e performativo, por exemplo, para a construção do texto dramático, para estimulação das competências de improvisação ou para a simples animação e ensaio do grupo.

IV. Metodologia da Acção - Teatro

A utilização do jogo teatral para construir histórias e jogar histórias contadas pelos participantes. Histórias previamente escolhidas pelos formadores e histórias retiradas da realidade social dos participantes, concretas e do seu dia a dia. Os "actores" terão liberdade para o seu desenvolvimento. Poderão ser situações onde não têm sucesso em fazer-se ouvir ou compreender, ou situações em que as atitudes, o funcionamento, os comportamentos constituem problemas para os projectos ou obstáculos para a acção.
Acção - Teatro uma ferramenta para examinar o processo de percepção e da sua resposta, trazendo à consciência os pensamentos distractivos, as obsessões, os medos, de julgamentos e de auto análise. Uma combinação da capacidade de observar e de reflectir (própria do espectador) mas que nos restitui também a de agir nas situações que vemos (típica do actor), não reduzindo a realidade àquilo que existe, mas abrindo-a às possibilidades que sempre tem de ser diferente.

As origens

Aspectos específicos, quer do Psicodrama (Moreno), quer do Teatro do Oprimido (Augusto Boal). Instrumentos técnicos que vão da Sofrologia ao trabalho de ensaio teatral e do "trabalho de actor"; as teorias psicossociais do Campo, a sistémica familiar, o jogo de papeis, a pragmática da comunicação humana (P. Watzlawick) e a técnica do Paradoxo e Contra paradoxo M.S. Pallazolli).


Vantagens e considerações finais
"...um "actor" que pode escolher os papeis que lhe propõem , interpretá-los e, por isso, influenciar o desenrolar da própria peça em que aceita representar." (Ausloos, 1996)
Um sistema vivo, composto de duas ou mais pessoas permite a possibilidade de troca de " retratos" e explanações. Quando duas pessoas partilham os seus pontos de vista, cada uma recebe da outra, diferentes versões da "realidade". Estas diferenças, darão novas perspectivas ao retrato de cada pessoa, e os retratos enriquecidos criados destas diferenças podem tornar-se, uma ecologia de ideias. Estas trocas fazem a vida, um processo em constante mudança (Andersen, 1987)
A composição, a escuta e o relacionamento são desconstruídos para serem remontados com uma maior consciência .
A consciência e o jogo são fundamentais à prática, como ambos são portais à imaginação espontânea. Dentro desta orientação, os participantes são limitados já não pelas interpretações convencionais da realidade. Este processo livra-nos das percepções e dos comportamentos mecanizados e rotinados, tornamo-nos mais conscientes dos nossos pensamentos do momento-a-momento.
Este desempenho promove uma empatia, por todos os pontos da vista, oferecendo a oportunidade original, para que "se ande com os sapatos dos outros", por um breve momento. Este formulário avalia as experiências e as introspecções dos espectadores, tanto quanto aquela dos actores e permite o diálogo a um nível mais emocional.

É sobretudo um jogo para gente pequena e crescida.

Um jogo atípico, onde há tudo a ganhar e nada a perder.


Informações complementares

Público alvo:
participação genérica de todos, mas, claro, em particular, àqueles que são profissionais do trabalho com "os outros", ou que, se supõe, virão a sê-lo. Estudantes e Profissionais "de trabalho com outros" (p. ex: Professores, Educadores, Animadores, Sociólogos, Psicólogos, Profissionais de Saúde, Técnicos de Serviço Social , Actores,)

Idade dos participantes: maiores de 16 anos

Número de participantes: mínimo de 10, máximo de 20
Valor de inscrição ................ 20 €

Datas e Horários : 31/5 a 5/6/2010 - 20H
Dia 31/05 2ªfeira - 18H ás 20H e 21H ás 23H
Dia 1/06 3ª feira - 21 H ás 23H30
Dia 2/06 4ª feira - 18H ás 20H e 21H ás 23.30H
Dia 3/06 5ª feira (feriado) - 15H ás 19H
Dia 4/06 6ª feira - 21H ás 23H
Dia 5/06 Sábado - 10H ás 13 H

Local de Realização
Junta da Freguesia de Esposende
Rua António Pascoal 4740-285 Esposende

No final será entregue um Certificado de participação

INSCRIÇÕES
entregar a ficha de inscrição e/ou enviar para os mail:
jorge.alonso@sapo.pt, gaterc@portugalmail.com

Câmara Municipal de Esposende
Praça do Município 4740-223 Esposende

Casa Juventude
Av. Dr. Henrique Barros Lima, nº 123 Esposende

informações : tel. 964678507

Data limite inscrição: 26 de Maio 2010


Curriculum "Acção Teatro"

Em 1991/2 , Rui Borges tem o primeiro contacto com o modelo, através da acção de formação "Action Theatre", na Semana Europeia de Prevenção da Toxicodependência, com Mado Chatelein Le Penec inserido no programa "Contigo vais longe". Após essa data, Rui Borges tem aplicado este modelo no âmbito de consultas privadas e no projecto, " Informar para agir" (INFORMAGE /EU-98/99), dirigido a questões de exclusão social juvenil e adolescente.
Aplicação deste modelo no Centro de Reabilitação de Paralisia cerebral do Porto em 2000/4. Também no programa "Aprender a ter saúde" destinado à população da Biquinha em Matosinhos promovido pela APF. Orientação Workshops da Acção Teatro na ESAP e em Esposende no Fórum de Educação 2010, com a colaboração de Jorge Alonso.

Rui Pedro Borges, (1961) Lisboa

Licenciado em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação, tem feito um caminho na área das terapias desde que se formou em 1988. Acumula formações e experiências em algumas áreas da Psicologia da Saúde, nomeadamente em Alcoologia de que tem uma pós-graduação, ou na Deficiência. Foi Assessor de Direcção do Departamento de Educação e Juventude (1995/97) da CML e igualmente Chefe da Divisão de Apoio Juvenil do Dep.º de Educação e Juventude (1992/94); Psicólogo/ Animador, Projecto de Intervenção Comunitária, Matosinhos, da Associação. para o Planeamento da Família, APF (2004- 2006). Membro da Comissão de Organização do Fórum anual de Experiências Educativas da cidade de Lisboa (1993/97). Exerce clínica privada e trabalhou na prevenção e tratamento da toxicodependência, com várias publicações de natureza cientifica nessa matéria e em áreas como a educação e formação. Consultor/formador do projecto Informage, Comunidade Europeia - Fundo Social Europeu
Foi Jornalista e colaborador em periódicos de informação médica (Tempo Medicina), e musical (Música e Som). Faz fotografia e é autor de poesia e Teatro. Já encenou e levou à cena adaptações teatrais e textos seus criando para tal o Grupo de Teatro Interdependente, GTI-TDN. É Professor desde 1979/1980 em diversos graus de ensino (do Básico ao Secundário) e leccionou, entre 2001e 2008, as disciplinas de Psicologia Social, Dinâmicas de Grupo e Animação em Contextos Institucionais do Curso Superior de Animação Sóciocultural da ESAP. Actualmente exerce funções de Psicólogo Clínico na Divisão de Saúde, Higiene e Segurança da Câmara Municipal de Lisboa.


Jorge Alonso (1961) Lisboa

Actor profissional desde 1987 em cerca de 60 espectáculos, Encenador, Formador certificado, Clown e Contador de Histórias. Fez várias formações ao nível do teatro e do movimento com os professores, Polina Klimovetskaya, Rossella Terranova , Aldona Skibianka Lickel, Inês Vicente, Mamadou Dioume, Filipe Crawford, Howard SonnenKlar, Heloísa Machado, Águeda Sena, Yass Hakochima, esteve em Milão e Nova Iorque nomeadamente num estágio na escola Lee Strasberg. Recebeu formação de Clown com Phillippe Gaulier, Virgínia Imaz, Fraser Hooper, Leo Bassi, Jango Edwards, Koldobika Vio, Jesus Jara. Fez o Curso Teatro- Ferramenta de Intervenção em contextos sócio educativos. Faculdade Psicologia do Porto. "A Expressão pessoal e o jogo do actor" - LUIS SAMPEDRO e ALFREDO MANTOVANI Viznar- Espanha. Vários cursos de Teatro do Oprimido na FLUP e FPCE.UP, com José Soeiro, Iwan Brioc e com Julian Boal . Orientou com Rui Pedro Borges o Workshop: "Acção / Teatro" 1ª , 2ª edição- Escola Superior Artística do Porto (ESAP), leccionou o CURSO PARA MONITORES -"Pedagogia e Sistema Educativo para crianças problemáticas" - IPJ. Atelier Arte e Expressão - Caldas da Rainha. Actualmente e desde 2001 faz parte do programa de itinerâncias da DGLB para a promoção da leitura. Dá formação ao nível da Expressão Dramática e de Clown, é responsável artístico pelo grupo GATERC e SOTÃO no ICBAS do Porto.