Vou a tua Casa
21 a 24 de Fevereiro
Horário: 10h-13h e 14h-17h
Local: a definir
Público-Alvo: Este workshop destina-se a profissionais das artes performativas (teatro, dança, performance, etc.), das artes plásticas e visuais, críticos, pensadores e teóricos de arte, professores, estudantes e, de uma maneira geral, todas as pessoas que, profissionalmente ou não, desenvolvem qualquer tipo de trabalho em diálogo
com qualquer tipo de manifestação artística.
Nº máximo de participantes: 10
Nota: A partir deste workshop poderão vir a ser escolhidas algumas pessoas para o projecto intitulado “A Oportunidade do Espectador”, onde lhes será dada a oportunidade para desenvolverem o seu projecto pessoal mais aprofundadamente numa residência a acontecer em Torres Vedras em Outubro de 2007, com apresentação de resultados no Festival A8 desse ano.
O “Vou A Tua Casa” é feito de pessoas. Pessoas que conhecem pessoas. Pessoas que se encontram com pessoas. Pessoas que visitam pessoas. Pessoas apaixonadas por pessoas. E cidades.
Transpor isto para uma acção de formação ausente de disciplina específica será um dos maiores desafios que alguma vez este projecto me colocou. Terei que ser muito mais psicólogo, urbanista, sociólogo, historiador de arte, geógrafo, animador sóciocultural, teórico da contemporaneidade, terapeuta e vidente do que artista. Aos meus pupilos, exigirei apenas que se disponibilizem para “ficar”, realidade copulativa que significa: deixar que as ideias (sobre)vivam até ao limite da sua veracidade, sem que a
coisa “espectáculo” as mate primeiro. É este o plano de sessão.
Metodologia
Este workshop contempla uma metodologia essencialmente teórica. Aos intervenientes será dada a oportunidade de conhecer o projecto “Vou A Tua Casa” e as questões que o mesmo levanta, através de imagens, textos, análises críticas, reflexões do criador, objectos artísticos criados em diálogo com este projecto e assinados por outros artistas portugueses, objectos utilizados nas performances pelo criador e todo o manancial de informação transdisciplinar que está neste momento a ser compilada num catálogo e num vídeo-documentá rio, com publicação prevista para Janeiro de 2007. Com base nessas informações, cada interveniente será convidado a elaborar o seu próprio projecto de intervenção artística, com base nos pressupostos teóricos avançados pela trilogia “Vou A Tua Casa” e fundamentados num documento intitulado “Dogma 2005” , assinado por Rogério Nuno Costa, e que se encontra online em www.dogma05. blogspot. com.
O acompanhamento e discussão/debate de cada projecto individual será feito por todos os intervenientes. O objectivo será o de obter possibilidades performativas que contemplem as regras avançadas pelo “Dogma” e os pressupostos avançados e discutidos na abordagem teórica ao projecto. Ou seja, não é obrigatório que os projectos sejam postos “em prática”. No ideal, deseja-se que os projectos, na sua forma de elaboração teórica permeável à discussão, funcionem já como uma “prática” e sejam autosuficientes.
Rogério Nuno Costa
Nasceu em Amares (Braga), em 1978. É licenciado em Comunicação Social. Frequenta o mestrado em História da Arte Contemporânea. Trabalha como actor/performer desde 1996. Desenvolve trabalho artístico como criador nas áreas do teatro, performance e ‘figuras adjacentes’ desde 2002. Fez workshops com, entre outros, Cláudia Dias, João Fiadeiro, Mónica Calle, João Garcia Miguel, Lúcia Sigalho, Amélia Bentes, Sofia Neuparth, Clara Andermatt e Regina Guimarães. Como intérprete, destaca os trabalhos desenvolvidos para a Companhia de Teatro Sensurround e dirigidos por Lúcia Sigalho, por João Cabral para o Grupo de Teatro do ISCSP, por Alain Béhar para o Festival X, e ainda para espectáculos de Rosa Coutinho Cabral, Sofia Neuparth, Nelson Guerreiro, Sónia Baptista e projecto Parasitas (Patrícia Portela & Sónia Baptista). Colaborou ainda com várias companhias e estruturas, tais como: Cão Solteiro, Teatro Praga, Chão de Oliva/Companhia de Teatro de Sintra, Companhia de Teatro de Braga, OLHO, murmuriu, Centro em Movimento, Censura Prévia, Transforma AC, Quarta Parede, Festival Sonda e Companhia de Dança Contemporânea de Évora. Encenou espectáculos para 'a menina dos meus olhos -associação cultural' (em parceria com Marina Nabais), para o Teatro Universitário do Minho e para o grupo de animação de rua Animares. Foi observador do Festival A8 2003, em Torres Vedras. Colabora com a revista DIF. Colaborou com a revista Artinsite, edição da Transforma AC. Dirigiu, escreveu e interpretou: "A Leitura Encenada É Um Género Que Não Faz O Meu Género" (2002), "Vou A Tua Casa – lado a" (2003), "Saudades Do Tempo Em Que Se Dizia Texto" (2003), "ACTOR" (2004), "No Caminho" (2004) e "Vou A Tua Casa -lado c" (2005/2006). Actualmente, desenvolve o projecto "FUI", com esboços já apresentados em Lisboa, Braga e Torres Vedras. Prepara o projecto de documentação de “Vou A Tua Casa – trilogia”, a desenvolver durante o ano de 2006, com vista à compilação de uma série de perspectivas disciplinares sobre e à volta do projecto-trilogia “Vou A Tua Casa”, na forma de catálogo e vídeo-documentário.
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