quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Workshop de laboratório P/B - Aveiro

Estão abertas as inscrições para o Workshop Laboratório de Fotografia a Preto e Branco, a realizar nos dias 1 e 8 de Dezembro de 2010.

Destinatários
Amantes da fotografia. Que desejam explorar o processo fotográfico em materiais analógicos. Para a frequência do workshop é necessário ter acesso a uma câmara fotográfica de rolo (normal – 35mm).

Sinopse
Abordagem aos princípios básicos da fotografia a preto e branco enquanto expressão artística. Teoria e prática de todo o processo fotográfico, da revelação de rolos à ampliação de negativos e desde os materiais e técnicas à análise dos resultados.

Objectivos
Processamento da fotografia analógica a preto e branco.
Introdução aos materiais, normas e cuidados no uso do laboratório.
Conhecimento das características do processo fotográfico e da fotografia P/B.
Revelação do rolo, provas de contacto e ampliação dos negativos.
Análise da exposição nas várias fases.
Digitalização dos negativos, instruções e algumas dicas.
Leitura colectiva dos trabalhos resultantes.

Data e Horário
Dia 17 de Novembro às 21h00 (facultativo). Reunião para formalização de inscrições,
definição de rolo a usar entre outras informações. Atenção, quem não for a esta
reunião, terá que levar um rolo preto e branco (de preferência Ilford Delta 100)
exposto (fotografado) e pronto a revelar no dia 1 de Dezembro.
Dia 1 de Dezembro das 10h00 às 18h00. Teoria e prática: revelação de rolos e provas
de contacto.
Dia 8 de Dezembro das 10h00 às 18h00. Teoria e prática: ampliação de negativos e
digitalização.

Formador: Miguel Estima

Local: Edifício Sede do Clube dos Galitos - Praça Joaquim Melo Freitas (Aveiro)

Preço: com material incluído (papel e química de laboratório - 60€)
O(s) rolo(s) são por conta de cada participante. (cerca de 5€/rolo)

Contacto para inscrições: miguelestima.formacao@gmail.com

Breve comentário em relação ao Workshop e ao Processo de laboratório Preto e Branco
Com os avanços do digital na última década, os processos fotográficos com película foram
ficando obsoletos e deixam de ter o peso que tiveram durante o sec. XX. A fotografia foi
industrializada pela famosa Kodak (em finais do sec. XIX), com o slogan “You press the button, we do the rest”. A câmara era comercializada com película pré carregada, depois só tinha de se expor e levar de novo à loja para revelar e voltar a ter a câmara carregada.
Com o digital no inicio do sec. XXI, obtêm-se um resultado em milésimos de segundo após o disparo e pode-se enviar por email, redes sociais ou para um amigo do outro lado do mundo em breves instantes.
Com as despesas e limitações inerentes a todo o processo, o acto de fotografar era “pensado” de outra forma. Existia um maior cuidado com o enquadramento, com a direcção da luz, com as zonas mais claras (altas luzes) e mais escuras da imagem (baixas luzes), entre outros aspectos que vêem depois formar a fotografia.
No laboratório é onde se escolhem, através das provas de contacto, as fotografias a ampliar.
Para além da escolha, faz-se a selecção da área que se pretende imprimir. Influencia-se o processo de impressão: escurecendo certas áreas ou clareando outras, corrigindo ou
manipulando a partir do negativo original, como actualmente se faz no digital com recurso a programas de edição de imagem.
O processo de “carimbar” com luz o papel é fascinante, torna-se ainda mais entusiasmante
colocar a folha de papel no banho relevador. E como se tratasse de um acto mágico, começa a aparecer a imagem, O restante processo (banho de paragem e fixador) permite eternizar a fotografia para a posteridade, permitindo guardar por longos períodos de tempo, para mais tarde recordar.