quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Oficina de Dança Funaná

PRÚVA TXON
Oficina de Dança Funaná
com
ANTÓNIO TAVARES
(Cabo Verde)
21 e 28 OUT

 "O FUNANÁ É UM DIVERTIMENTO. EM CADA CASA ONDE ENTRA LEVA ALEGRIA"
Julinho da Concertina

"O funaná é um género de música e dança cabo-verdiana, característico da ilha de Santiago, com canto, acompanhamento e solo por um acórdeon, o ritmo é produzido pelo esfregar de uma faca numa barra de ferro. De acordo com muitos testemunhos, trata-se de um género músical recente, cujo aparecimento se situa nos principios desde séculos, (recorde-se, géneros tradicionais como o batuque confundem-se o seu eclodir com inícios da escravatura, e a Morna data dos meados do séc. XIX)

Diversos autores têm procurado explicação para o aparecimento do Funaná, e as teses diferem: para uns, a importação de acórdeons por uma casa comercial, no início deste século, teria contribuido para a difusão e popularização deste instrumento; para outros, o nome deste género deve-se ao de dois tocadores exímios, Funa e Nana, e que a junção destas duas palavras surgiu a palavra Funaná para designar este tipo de música.

Há ainda quem defende que o género teria sido importado de São Tomé, onde existe uma forma parecida, tocada com acórdeon e há quem diga que o termo vem do português Fungaga, ( que quer dizer, filarmónica ordinária musicata, in Dicionário Lello Universal). (...)

Funaná é um género musical que viveu durante anos no meio rural, isolado e até certo ponto discriminado. Música de dança, que anima a festa dos camponeses, que muitas vezes terminava em brigas e até mortes, o género foi sempre associado a vida mundana, como música de mau gosto, ou música de selvagens. ( Carlos Felipe Gonçalves, "Funana: Cartão de Visita de Cabo Verde", in A Fragata: 25-26)

Só após a Independência Nacional em 1975, com todo o movimento de valorização de todas as musicais existentes no arquipélago, essa tendência foi contrariada e o funaná chega à cidade.

Carlos Alberto Martins foi sem dúvida um dos pioneiros a retornar às fontes do funaná e a adaptá-lo, com um sucesso absoluto, aos instrumentos electrónicos. E a ele se seguiram outros, tais como o grupo Finaçon que lançaram o Funaná a um nível internacional, fazendo com que os anos 80 fossem considerados de uma verdadeira explosão desta música.

ANTÓNIO TAVARES
Nasce em Cabo Verde onde inicia o seu trabalho na área da dança como bailarino do
grupo Mindel Stars. Com este grupo faz a sua primeira digressão internacional em 1986, passando pela Holanda, Senegal, França e Macau. Em 1991 funda os grupos Crêtcheu e Compasso Pilon, desenvolvendo um trabalho de pesquisa sobre dança.
Estuda na Escola Superior de Dança e na Escola de Artes e Ofícios do Espectáculo em Lisboa, onde acaba também por leccionar.
Além de trabalhar com vários coreógrafos portugueses - entre outros, Olga Roriz, Aldara Bizarro, Francisco Camacho, Rui Nunes e José Laginha - desenvolve ao mesmo tempo os seus próprios trabalhos como coreógrafo e bailarino. Criou projectos como: "A Ilha", "Clan-Destinos", "Fou-Naná" (Centro Cultural de Belém-1997), "SOBREtudo" (Danças na Cidade’97), "Danças de Câncer" (uma co-produção Portugal/Cabo Verde, com música original de Vasco Martins 1999), "Caminho Longe" (New Jersey Performing Art Center - Nova York), "Different Voices" (Bates Dance Festival), espectáculo multimédia “Blimundo”, do cineasta caboverdiano Leão Lopes, "Spidaranha", “Ópera Crioulo” (2002), “Recordai” (Mindelo, 2003), "K'mê Deus" (2003), " White Noise" (Gulbenkian, 2005), "Some Voices" (Bélgica, 2005), "L' Abbandono al Tempo" (Bélgica, 2006), Aniki Bobo (Casa da Música-Porto, 2008), Ópera “Crioulo” (CCB, Grande Auditório, 2009). Jus Soli 2011 (CCB Fora de Si).

Preço especial: 5€

b.leza
r. cintura do porto de lisboa,
armazém b (cais do sodré)
+ info: 963612816 ou info@dancas.pt
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