quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Oficina de dança criativa - Porto

À MANEIRA DE…
ISADORA DUNCAN
Oficina de dança criativa para meninos e meninas a partir dos 6 anos
com Leonor Barata

Data | 08 de Outubro de 2011 das 15h00 às 17h00
Local | Colégio Primeiros Passos
http://www.ppassos.com/wordpress/
R. Guerra Junqueiro, 577, Porto
Inscrição | 5€
Alunos Primeiros Passos | 4€
Irmãos ou grupos de 5 ou + pessoas | 4,5€
Nota | Os descontos não são cumulativos
Lotação limitada a 20 crianças
Informações | Núcleo de Experimentação Coreográfica
nec@nec.co.pt
913211428/961424668
www.nec.co.pt

A Vida de Isadora Duncan
Nasce em 1877 em San Francisco, EUA. Filha de uma professora de música e de um poeta desde muito cedo que convive com as várias formas de expressão artística, aprendendo com a sua mãe a “ouvir a música com a alma”. Após o divórcio dos pais, os Duncan tinham problemas de dinheiro o que leva Isadora a começar a dar aulas de Dança Expressiva, aos 14 anos. Em 1895 mudam-se para Chicago e depois para Nova Iorque, onde participa em alguns espectáculos de teatro (musical) de sucesso limitado. Mas a sua dança não era bem recebida nos EUA e a busca pelo reconhecimento levam-na a partir para Londres em 1898.
Aí começa por actuar em serões privados da sociedade londrina, mas à medida que se foi tornando conhecida a sua popularidade aumentou, começando a apresentar-se nos grandes palcos da Europa.
Teve dois filhos, frutos das suas relações com Gordon Craig e Paris Singer.
A sua trágica morte, afogados, levam-na a deixar de dançar.
Acaba por encontrar uma nova energia nos seus projectos pedagógicos, chegando mesmo a adoptar seis das suas alunas, que ficarão conhecidas como as Isadorables.
Morre tragicamente num acidente de viação em 1927.

A Importância de Isadora Duncan
Isadora Duncan (1878–1927) é considerada como uma das pioneiras da dança moderna, a par com Ruth St Dennis e Loie Fuller. As suas propostas mudaram o carácter tradicional do ballet que considerava demasiado formal, ao criar uma nova forma de dança mais livre e focando a atenção também para questões políticas e sociais, insistindo que as artes devem acima de tudo ser uma reflexão sobre o tempo presente. A par da sua actividade como coreógrafa e intérprete das sua próprias danças, Isadora dedicou–se também, com entusiasmo, ao ensino da dança.
Nas suas aulas explorava sobretudo a procura do movimento natural (movimentos comuns a todas as raças e culturas – o andar, o correr, o saltar, entre outros) e o prazer da dança. Obedecia às lições de Rousseau: Regresso à natureza, respeito pela música e impaciência com a civilização. A sua grande pesquisa foi a de procurar fontes de movimento e fortemente inspirada pela cultura grega é apologista de um regresso à natureza, daí que nas suas aulas se dançava de pés nus ao sabor das ondas e/ou do vento.
A Oficina
Mais do que recriar as danças que Isadora Duncan criou para si e para as suas alunas, o que se propõe nesta oficina com a duração de duas horas é o revisitar desta personagem impar na história da dança ao mesmo tempo que se exploram os seus métodos e as suas influências.
Como grandes influências da sua obra podemos destacar: a cultura grega e a análise nietschiana, o delsartrismo, o ambiente musical transmitido pela sua mãe, sobretudo as obras dos clássicos, Chopin, Beethoven e Wagner, as imagens da Renascença.

Metodologia
A sessão começa com a apresentação de Isadora e da sua vida.
Através de algumas imagens vamos mostrando quem foi e como dançou.
Depois de um breve aquecimento procuramos, à maneira de Isadora, o início do nosso movimento:
Inspirados nas estátuas gregas e nas obras de Botticelli, vamos reconstruir esses gestos e posturas.
Por fim aprendemos uma sequência de Isadora e misturamos tudo para termos nós a nossa Dança Duncan.

Biografia de Leonor Barata
É licenciada em Filosofia pela Universidade de Coimbra e completou a pós graduação em Estudos Artísticos na mesma instituição.
Fez a sua formação em dança no Forum Dança onde foi aluna de Howard Sonenklar, Francisco Camacho, Madalena Vitorino, André Lepecki, Thierry Bae, entre outros.
Foi intérprete em vários espectáculos de dança e de teatro. Desde 2000 desenvolve grande parte do seu trabalho na área da Pedagogia Artística tendo sido colaboradora regular de várias instituições como formadora (Centro Cultural de Belém – CENTA - A Moagem - Centro Cultural Vila Flor, Teatro Aveirense) e tendo criado vários espectáculos para o público jovem: A Menina do Mar (2004), Pretas e Vermelhas Penduradas nas Orelhas (2007). Actualmente é directora da companhia Projecto D – Pedagogia e Criação Artísticas.